Individual

Ricardo Ulpiano da Cruz Pereira


Funções

Descrição curta

Músico, compositor e gestor cultural.

Dados Pessoais

E-mail Público: quintaoproducoescontato@gmail.com

Descrição


Um cantautor inspirado e sua música pop

“Por Que Calar” estampa o talento e a versatilidade de Ricardo Ulpiano

O cantor, compositor e instrumentista belo-horizontino Ricardo Ulpiano apresenta em seu segundo disco, o EP “Por Que Calar?”, uma proposta musical ousada e atraente: um cardápio de canções com sonoridade pop, mas sem relegar a um segundo plano a sua expressividade lírica, o cuidado com os arranjos e o requinte instrumental, qualidades que marcaram seu CD de estréia, “QuinTao”, gravado em 2009. “QuinTao”, como anuncia o título, é um trabalho ligado à MPB, mais introspectivo, marcado por letras delicadas e harmonias complexas e bem moldadas. Já em “Por Que Calar?” a MPB divide espaço com outros gêneros, especialmente o rock, a balada e o jazz: as composições de Ricardo rimam MPB com rock, baião com vozes e tambores e ritmos latinos, violas e guitarras, cordas, metais e sons eletrônicos, enquanto suas letras passeiam por temas como o amor, o romance e a solidão, os pequenos prazeres da vida e também motivos existenciais e diferenças sociais e políticas. Em suma, “Por Que Calar?” é música pop em estado de inspiração, celebração e inquietação, enriquecida por um instrumental vibrante e intenso.

As seis faixas do EP “Porque Calar?” mostram um compositor inquieto e inspirado, um cantor versátil, um instrumentista consciente de suas habilidades e um produtor que sabe agregar e extrair de seus músicos sonoridades envolventes. São elas: “Mero”, uma balada pop envolvente com tempero de jazz e funk; a pulsante e questionadora “Por Que Calar?”, que combina na medida MPB e rock; “Nem”, uma balada pop com toques de rock progressivo, “Meu Mundo Sem Você”, uma cálida mistura de blues e MPB com direito a solo jazzístico; a romântica “Canção de Céu Azul”; e “Bella”, uma música com influência do carimbó embalado por a sopros, coro e percussão. O maior sucesso da carreira autoral de Ricardo Ulpiano, “Bella” (gravada originalmente em “Quintao”) é presença obrigatória nas apresentações do artista.
Na elaboração dos arranjos e na gravação do CD, Ricardo contou com a contribuição de seis talentosos parceiros: Larissa Horta (baixo e vocal), Odi Bass (baixo), Thiago Braga (baixo), Carlinhos Ferreira (percussão), Luciano "Cuíca Play" (percussão), Daniel Silveira (teclados), Emiliano Bolla (saxofone e clarinete), além de Thiago Peixoto (bateria e vocais), que também assina a codireção musical do disco, juntamente com Ulpiano.

Plataforma pop
Músico que já trilhou diversos estilos e gêneros, seja atuando profissionalmente, estudando ou mesmo como ouvinte, Ricardo Ulpiano prefere se identificar como artista pop. Atitude que se justifica plenamente. Afinal, sua produção atual não está associada a um gênero tradicional em particular. Bem ao contrário, ela se desenvolve e se forma numa combinação elaborada e estimulante de diversas expressões sonoras e líricas. E a música pop, como sabemos, é fundamentada na confluência de gêneros, na recriação de obras clássicas, na pesquisa e experimentação ousada e na recomposição de temas e ideias esquecidas pelo tempo – The Beatles, Raul Seixas e Michael Jackson são perfeitos exemplos dessa fascinante movimentação.

E a trajetória de Ricardo Ulpiano é muito rica nesse sentido. Desde a Folia de Reis, que conheceu na infância, à diplomação teórica (graduação em Artes com especialização em música, na UEMG, e pós-graduação, na UFMG) ele passou por experiências marcantes em vários gêneros: a paixão pela MPB; o período metaleiro na pré-adolescência; a (re)descoberta do samba nos tempos de faculdade; o trabalho nos palcos, primeiro como roadie de bandas mineiras, depois tocando guitarra em grupos de rock (com U2 Cover), rock nacional (Rappa Cover) e samba rock: e finalmente, mas não menos emblemática, a música folclórica de países sul-americanos, como Chile, Uruguai, Argentina e Colombia), onde Ricardo se apresenta regularmente desde 2013. A Colômbia, a propósito, é fonte de inspiração de três de suas mais recentes composições,

Essa extensa e intensa associação com a música fez de Ricardo Ulpiano um profissional reconhecido e respeitado mas, principalmente, um artista de múltiplos talentos – é cantor, compositor, letrista, arranjador, instrumentista e produtor, além de gestor cultural – que transita com versatilidade por diversos estilos musicais impondo a cada criação seu toque pessoal e sua visão de mundo.

Um documentário e uma canção para a Europa
A proposta do artista agora é dilvulgar o trabalho em shows, rádios e pela internet. Na agenda, um show na Autêntica, casa noturna de Belo Horizonte, e uma apresentação no Sesc Palladium, dentro da Semana Conceição Evaristo. “A cantora Rita Silva musicou uma letra da Conceição e queremos apresentar a música neste show”, revela. Entre os outros planos estão a finalização de um documentário sobre suas viagens e apresentações pelo Cone Sul (“Ano passado, fiz 13 shows pela América Latina”, comemora) e produzir uma música para ser lançada no verão europeu, a partir de Portugal.


Trajetória

Minas de todos os sons
A música é presença constante na vida Ricardo Ulpiano desde a tenra infância. Primeiro, através dos discos de cantores que sua mãe ouvia em casa. Menino ainda, encantou-se com a Folia de Reis, tradição que conheceu quando sua família mudou-se para o Novo Progresso, bairro de Belo Horizonte que abriga essa festa folclórica. Ainda nessa época, Ricardo conheceu a MPB, através dos discos que sua mãe ouvia (Maria Bethânia e Alceu Valença, entre eles), e, pegando carona nas preferências do irmão mais velho, descobriu o heavy metal de Iron Maiden, Sepultura, Overdose e mutos outros. “Eu escutava de tudo, todas as tendências. O meu primeiro show foi o do Kreator (banda alemã de thrash metal, formada em 1982)”. “Estava com 8 anos e minha turma de roqueiros tinha 16, 17 anos”, lembra.

Foi por esse tempo que Ricardo descobriu que queria ser músico.”Meus pais achavam engraçado quando eu tocava no assunto. Era muito novo para tomar qualquer decisão, ainda mais essa”. Se não houve influência familiar direta, também não teve proibição em casa. Aos 14 anos ganhou um violão e, aos 16, com dinheiro do próprio trabalho, comprou a primeira guitarra.
Daí em diante a música tornou-se proeminente em sua vida. Ricardo estudou na Pró Music, tradicional escola de Belo Horizonte, obteve Licenciatura na Escola de Música da Universidade Estadual de Minas Gerais, pós Graduação na UFMG e botou o pé na estrada. “Fiz um pouco de tudo: fui roadie de bandas de metal, toquei guitarra no U2 Cover e no Rappa Cover, atuei como empresário e produtor dessas bandas...”, conta.
A passagem pela Uemg culminou numa outra descoberta, igualmente rica e definitiva: a música brasileira de raiz. “Em 2006, passei a levar música brasileira, predominantemente samba, para a escola, onde geralmente só se estuda música erudita. Comecei chamando os meninos pra tocar samba depois das aulas, num bar da vizinhança. Logo depois, os professores também aderiram à nossa ‘causa’, que acabou se tornando uma atração do bar”, lembra Ricardo.
O samba-rock, que veio a seguir na trajetória de Ricardo Ulpiano, chegou com status de trabalho, alentando o formato profissional de sua carreira. “Foi quando comecei também a cantar, porque antes só tocava guitarra e não me interessava imitar o rock em inglês”, comenta. Neste período, entre 2006 e 2008, integrou o Sambalanço e participou do N.Xau, Manolos Funk, além do
Ziriguibum, projeto de música infantil, que levou o cantautor ao Movimento Latino Americano e Caribenho da Canção Infantil, assim como ao Movimento Brasileiro da Canção Infantil, alcançando participações em festivais nacionais e internacionais.

Trabalho autoral

Em meio a essa intensa atividade profissional, Ricardo entendeu que já estava pronto para apresentar suas próprias músicas. “Eu já compunha desde os 14 anos, na verdade, e já tinha um bom repertório. O trabalho com o samba-rock me deu segurança e suporte financeiro para produzir um disco. Assim surgiu “QuinTao”, gravado durante o ano de 2009 e lançado em maio de 2012, em show no Teatro Alterosa. Este trabalho é norteado pela interrelação das palavras quintal, que representa a moradia, o interior, e o Tao, expressão oriental advinda do Taoísmo que traz a ideia de caminho, busca, direção.
Composto por material inédito e de sua própria autoria (com parcerias), “QuinTao” apresenta uma heterogeneidade de gêneros e ritmos adornando canções que primam pelo bom gosto nas letras e inventividade nas melodias e arranjos. Produzido por Thiago Peixoto (que é também baterista), o CD contou contou com a participação dos instrumentistas Emiliano Bolla (sopros), Fredinho Santos (percussão), Samy Erick (violão e guitarra) e Thiago Braga (baixo), e de conhecidos artistas do cenário belo-horizontino, como Vander Lee, Giovane Sassá, Érika Machado e Tatá Sympa, além da cantora argentina Natalia Mallo.

"Por que Calar?", seu segundo disco, revela um artista maduro mas ainda inquieto no sentido de buscar novas e mais ativas formas de comunicação com seu público. A produção e os arranjos surgem mais requintados e a instrumentação, assim como a performance vocal, se mostram mais arrojadas e vigorosas. Basta conferir a regravação de “Bella” e “Meu Mundo Sem Você”, ambas lançadas originalmente em “QuinTao”.

Mais recentemente, Ricardo Ulpiano se envolveu em projetos e bandas relacionados com música para crianças, como integrante do Movimento Latino Americano e Caribenho da Canção Infantil e do Movimento Brasileiro da Canção Infantil, tendo participado de vários eventos nacionais e internacionais. Participou, ainda, do Mezcla, projeto dedicado à pesquisa da música africana relacionada às expressões folclóricas de países sul-americanos (Argentina, Uruguai, Chile e Colômbia). A partir desses encontros, teve oportunidade de levar sua música a diversos palcos desses países. Uma relação que segue em frente.

Texto: Fábio Leite


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