Exibição

Os Homens Feios- O espetáculo

Descrição curta

O projeto visa a circulação da peça de teatro "Os homens feios", de elenco 100% trans, por diversas regionais da cidade à preços populares e documentar o impacto social causado através de uma produção audiovisual de acesso livre ao público.
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Descrição

O projeto se trata da montagem e circulação do espetáculo "Os homens feios", que consiste numa peça teatral de uma hora de duração, em centros culturais e teatros independentes da cidade.

A obra, de autoria de Pieta Poeta, é uma dramaturgia poético-marginal, um tipo de narrativa vinda da oralitura que transmite a visão de mundo da periferia através da poesia falada. O roteiro fala de transmasculinidades, não-binariedades, do masculino periférico, da marginalização dos corpos trans negros, de padrão de beleza, pressão estética e de identidade através de corpos reais, que relatam seus próprios processos em cena.

A peça surgiu inicialmente como uma cena curta que se baseava em um dos textos da obra literária ainda não publicada (até a presente data) "Os homens feios" de Pieta Poeta, e falava sobre a cosmovisão e o desejo do favelado sobre beleza e estética relacionando esse desejo com o olhar alheio que o reduz à marginalidade, uma reflexão sobre o que seria o perfil do marginal socialmente reconhecido. Ao trabalhar no dia a dia das artes cênicas com vários amigos transmasculinos e entrando em contato com essas vivências, surgiram inquietações que engatilharam novas produções sobre o roteiro, que foi expandido pra englobar as novas discussões que partem desse rizoma, dentre elas, a não-binariedade de gênero, os corpos trans com deficiências/neurodivergências, e o impacto desses lugares quando o corpo que ocupa é negro. "Os homens feios" é uma provocação, um convite pra olhar pra esses corpos marginalizados de forma intrínseca e entender quais são as referências que moldam o desejo da periferia, pontuar o olhar trans sobre a identidade masculina e sobre a masculinidade, e conhecer de perto os impactos da marginalização.

O roteiro intercala cenas delicadíssimas e textos emocionais com a energia do circo, com a expressão da dança e a música ao vivo com a participação especial nessa circulação da banda Mascucetas, um grupo musical transmasculino pioneiro na cidade. Todos os profissionais da equipe são pessoas trans, travestis e não bináries de Belo Horizonte, escolhidos especialmente pra compor uma equipe de protagonismo trans do início ao fim, o que é uma iniciativa ainda esperada no cenário artístico mineiro, e com certeza uma potencialidade artística imensurável ao trazer esses corpos pra compor narrativas de própria autoria sobre a transsexualidade, fora da ótica cisgênera. A montagem dessa equipe foi um movimento proposital com o intuito de mostrar o potencial desses profissionais preteridos pelo mercado de trabalho que nos coloca à margem e é por si só, um dos atos de afirmação da obra.

O espetáculo tem a pretensão de ser ensaiado no Centro de referência da Juventude (Rua Guaicurus, 50- Centro) e apresentado em duas sessões diárias em cada espaço cultural, e tem a pretensão de circular no Teatro Espanca! (Rua Aarão Reis, 542, centro), no Viaduto das artes (Av. Olinto Meireles, 45, Barreiro), na Gruta - Casa de Passagem (Rua Pitangui, 3613, Horto) e no espaço cultural "A Margem" (Rua Petrópolis, 219, Vila Bispo de Maura), no mês do orgulho LGBT, junho de 2023. Entre as sessões de cada espetáculo haverá uma roda de conversa sobre os corpos transmasculinos na arte, protagonizada pelo elenco e totalmente aberta e gratuita ao público. No dia da estréia vai haver uma oficina de Drag King com o artista cênico, bailarino e Drag King Eli Nunes, seguido de roda de conversa.

Os registros feitos no espetáculo, nas rodas de conversa, nos ensaios e desenvolvimentos do processo criativo, irão compor um audiovisual, contendo a peça na íntegra dentre outros registros do processo criativo e das rodas de conversa, à ser disponibilizado ao público gratuitamente no Youtube e redes sociais.

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Publicado por

Nilo Ybyra

Nilo Ybyra é transmasculino, indígena Pataxó, de ascendência afro, autista, professor, músico, artista cênico e escritor de Belo Horizonte, campeão mundial de poesia falada.

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